"Os impostos são maus? São péssimos, e só é pena que a esquerda tenha demorado
tanto tempo a compreendê-lo. Infelizmente, a singela contrapartida da esquerda
aos impostos passa pelo "investimento" de iniciativa estatal, de resto a
brilhante estratégia que nos deixou neste buraco. De qualquer modo, era
interessante perceber onde é que a esquerda inventaria o dinheiro para financiar
o dito "investimento". Talvez na Casa da Moeda. Talvez nas míticas "grandes
fortunas", que os amigos dos trabalhadores multiplicam por trezentos e imaginam
dispostas a permanecer aqui para fins de espoliação. Talvez no lugar encantado,
repleto de fadas e duendes (e milionários), em que habita.
O dr. Passos Coelho falhou todas as promessas alusivas ao "emagrecimento" do
Estado e, salvo por uma benesse inútil às empresas, optou claramente pela via
socialista. A oposição acusa-o de liberalismo (ou, para os semi-letrados, de
"neoliberalismo") e exige que se lance gasolina às chamas. Quanto ao povo que
protesta nas ruas, e que resume os excessos estatais a umas dúzias de motoristas
e privilégios afins, protestaria em triplo se se tomassem as medidas de que
Portugal carece ao invés daquelas que perpassam a cabeça dos nossos admiráveis
governantes. No fundo, paira por aí a convicção unânime de que a Alemanha está
obrigada a sustentar-nos, a título de "solidariedade" europeia ou formulação
divina.
Se em condições normais já seria difícil salvar o país, assim é impossível.
Às vezes apetece ponderar se será desejável."
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