terça-feira, 4 de setembro de 2012

Gestão das espectativas

Nunca somos tão grandes, tão bonitos, tão magros, tão inteligentes, como os outros nos imaginam por telefone ou por escrito.
O primeiro embate é sempre uma desilusão. Os ombros estreitos, aquela verruga, os olhos demasiado juntos, a dobra de gordura por cima do cinto, aquela piada tão velha e requentada, a nossa ironia recebida com o sorriso amarelo torrado, e a voz, sim a voz, com aquele timbre agudo que o auricular tão bem disfarçou.
Se ao fim de meia hora não tivermos vontade de saltar pela janela do 1° andar, pode ser o início de uma bela amizade.

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