segunda-feira, 27 de maio de 2013

Um dia vou parar o tempo naquele último minuto em que sol incha e ruboriza como se sofresse por antecipação da saudade do dia quente, aquele momento em que ainda sentimos calor na face mas já a brisa fresca da noite nos arrepia a pele. Nesse último minuto parado no tempo, vou-te pousar o braço nos ombros e dizer-te que não fui nem serei ninguém, não te vais lembrar de mim, não vou ter história, nome, cara nem cheiro, não me importo, mas saberás que houve um minuto de eternidade em que nada foi tão importante como olhar para ti virada ao sol, no teu silêncio, com os cabelos a enrolar ao vento.
Nesse minuto foste minha como nunca foste de ninguém.

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